No inconsciente popular, fica difícil separar o Pantanal mato-grossense de uma boa moda de viola caipira – e a região permanece eternizada em nossas mentes como o cenário dos sonhos para esse gênero musical tão genuinamente brasileiro, inspirando e apaixonando renovadas gerações de instrumentistas versados na arte de contar “causos” acompanhados pelas melodias inconfundíveis extraídas das dez cordas. Criada e desenvolvida com a atenção aos detalhes que a empreitada exige, a nova linha de violas Giannini traz consigo o nome desse celebrado paraíso natural localizado no coração do Brasil, e surge com a missão de traduzir em acordes o imortal espírito pantaneiro. São modelos prontos para tornarem-se não apenas a companhia ideal para qualquer violeiro que se preze, como também parte viva (e atuante) do imaginário artístico nacional.
A VS9H tem tampo maciço de Sitka Spruce, faixa e fundo de Louro-Preto, braço de Cedro Brasileiro e escala de Pau-Ferro. O rastilho é temperado, e possui compensação de oitavas específica por corda. Acabamento fosco open pore (OP) e brilhante (NG).
As madeiras
Sitka Spruce
Resulta em instrumentos com boa projeção e som bastante “vivo”, de graves destacados, timbre límpido e muito ataque. Encontrado na América do Norte, em especial nos solos úmidos das florestas temperadas, o Sitka Spruce possui coloração branco-creme, rosa-claro ou marrom. Sua árvore, que pode alcançar quase 100 metros de altura, é considerada o terceiro maior ser vivo existente, atrás apenas da sequoia e do eucalipto. Possui a melhor relação resistência-peso entre todas as espécies de madeira catalogadas.
Louro-Preto
De sonoridade que tende mais ao médio/grave, o Louro-Preto apresenta qualidade no ataque e excelente sustain. Em instrumentos musicais, é utilizada não apenas no corpo de violões e violas, mas também para a feitura de braços, escalas e cavaletes. Possui textura média, grande densidade, faixas longitudinais destacadas, e corte macio (apesar da dureza). Árvore que pode atingir até nove metros de altura, e dá preferência a climas de Cerrado e Caatinga. Presente principalmente nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais e Paraná.
Cedro Brasileiro
Bastante utilizado em instrumentos maciços, por sua leveza e estabilidade. O som proporcionado pelo Cedro Brasileiro caracteriza-se pelo timbre mais grave e aveludado, ótima definição do brilho (por ser pouco resinoso), boa projeção e sustain. Madeira natural de florestas abertas e campos de clima quente/úmido, com larga distribuição na região Norte, principalmente nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Rondônia. Possui densidade baixa, textura de média a grossa, cor bege-rosado, e veios formando desenhos regulares suaves.
Pau-Ferro
Usado em instrumentos acústicos e na elaboração de escalas e cavaletes. Produz peças com boa sonoridade, belo acabamento e excelente sustain, de timbre mais brilhante que o Jacarandá, mas que consegue reter o calor pelo qual esta última é celebrada. Sua cor varia entre o pardo-claro-amarelado ao pardo-acastanhado, com veios escuros formando desenhos irregulares característicos e exóticos. Conhecido pela rigidez, moderadamente leve e muito durável, o Pau-Ferro é encontrado em Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Paraná.